março 06, 2008

Nossas escolhas, nossa vida

Por Glau Boeing

















Passamos dias, meses, e até mesmo anos pensando onde queremos chegar, onde gostaríamos de estar, ao lado de quem, como chegar... E nem ao menos nos damos conta da energia que investimos sem resultados práticos para a vida.

Ser mais do que simples pensamentos é o que todos queremos, mas poucos realmente conseguem externar e de fato realizar aquilo que realmente impulsiona sua vida, seu coração.

Nos atemos a coisas factíveis a nossa realidade e nos focamos em realizá-las, como uma forma de satisfazer aquele sentimento "sem limites para sonhar", mas dificilmente fazemos o que está arraigado, entranhado em nosso íntimo - buscamos aventuras, sentimentos, pessoas, situações que "compensem" ou "camuflem" para nós mesmos aquele sentimento "impossível e intocável". Por que fazemos isso?

Não existe fórmula que decifre uma resposta para todos. Cada um imagina possuir suas razões, e baseia-se nelas para justificar suas ações e vontades. A verdade é uma só: o ser humano acredita piamente que é incapaz de realizar coisas que realmente mudariam sua vida, e acaba condicionando-se a ações que o mantenham ocupado, de forma que possa viver intensamente, como se pudesse esquecer ou apagar o que existe dentro de si - algo que normalmente ninguém mais sabe ou provavelmente desconfia.

E aquela eterna imposição sobre "planejamento para os próximo 5, 10 anos"? A sociedade implicitamente (ou não) impõe que todos saibam onde querem chegar, tenham ambições e prevejam o futuro de forma a não desvencilhar-se daquele caminho.

E tudo isso pra quê? Ou melhor: por quê? Quais são as verdadeiras razões para que queiramos saber exatamente onde estaremos amanhã? Sabemos os reais motivos? Sem saber o porquê, de que adianta, afinal, definir que se deve estar ou ser de determinado lugar ou forma?

Quais os nossos verdadeiros motivos? Nossos porquês? Será que sabemos disso? Ou simplesmente avançamos, na expectativa de chegar, mas sem de fato saber se é o que realmente queremos?

Eis algumas perguntas para fazer pensar.

O ser humano precisa aprender a viver, sabendo entender-se e, conseqüentemente, fazer as melhores escolhas. Sim, aquelas escolhas que envolvem a mais profunda realização de seu ser, sem as eternas preocupações com os "olhos severos e imperdoáveis" da sociedade.

Uma única escolha pode definir nosso futuro. Seja ela elegendo sentimentos nobres e verdadeiros, ou optando pelos caminhos mais "aceitáveis" por aqueles que estão ao redor ou pela própria sociedade.

Viver é saber escolher.

2 comentários:

Diário de Bordo disse...

Glaucea, gostei muito do seu texto, só contém verdades que, de uma forma clara, você conseguiu expressar em palavras, tão bem colocadas, que é impossível discordar, ou até comentar.
Uma verdade por vezes velada, ou esquecida no subconsciente de muitos.
Devo admitir que até me identifiquei com o texto.
Um abração, e parabéns.

Glaucea Boeing disse...

Obrigada, Rogério!
Escrevi este texto no ápice de um momento de indignação; é muito legal saber que as pessoas se identificam.
Precisamos mesmo, todos nós, saber escolher para viver o que de melhor existe dentro de nós.
Abração!