dezembro 12, 2007

THE POLICE - LIVE IN RIO - Maracanã/RJ

Por Glau Boeing














Não poderia deixar de gravar aqui a história da ida ao show mais esperado do ano; depois de 23 anos de separação, o The Police mostrou a milhares de fãs porque ainda acredita no grande sucesso que a banda deixou pra trás.

A idéia de ir a esse show surgiu, antes de mais nada, do grande privilégio de ver, pela primeira vez, o Police tocar ao vivo - na época em que a banda ainda era formada, eu sequer assistia a vídeo-clipes ou sabia que os caras existiam. A simpatia veio mais tarde, quando tive oportunidade de ouvir os verdadeiros "legados" de um trio que já não mais existia.

Toda a minha geração ouviu The Police. É certo que houveram aqueles que eram apáticos, outros ligados em gêneros mais comerciais, outros ainda completamente alienados sobre o mundo musical. Fato é que o Police esteve presente em quase todas as festas, foi tema de casais apaixonados e de amantes do rock do início dos anos 80.

Hoje eles estão de volta. Inicialmente pensaram em se reunir apenas para a turnê mundial que teve início em 2007. Agora parece que estão levando a brincadeira mais a sério, e podemos ter um álbum novo nos próximos tempos. O DVD da turnê já é líquido e certo.

Algo que se sobressaiu foi a "cara" da "moçada" que foi ao Maracanã assistir a banda. Casais, avôs apaixonados, jovens aficcionados no "reggae-tinged rock" e no pop minimalista. Um público que não gritava ou pulava em demasia. Assistia atentamente cada música, parecendo deixar o corpo sentir o ritmo de cada canção, apreciando detalhamente a voz e o baixo de Sting, os incríveis solos da guitarra de Summers e a fantástica melodia da bateria de Copeland. Sim, cada um fazia, sozinho, um show. Juntos, formaram uma magnífica orquestra, muito mais que simplesmente "música para os ouvidos".

Quem estava no gramado ou até mesmo nas arquibancadas, era mesmo FÃ da banda, sim com letras maiúsculas. O que indignou mais de 80% de todo o público foi aquela área VIP imensa, repleta em sua maioria por pessoas indiferentes ou alienadas ao fenômeno Sting + Andy Summers + Stewart Copeland. Isto nos deixou mais afastados, mas não menos deslumbrados com a perícia de nossos prodígios no palco.

Para quem não foi, é muito provável que não haverá outra oportunidade de ver, ao vivo, a banda tocar novamente no Brasil. E quem foi, terá sempre na memória as imagens inesquecíveis daquele dia 8 de dezembro de 2007. E que dia!

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