Para fechar a semana em grande estilo, cheguei de viagem às 6h30 da manhã, consegui dormir até umas 11h, para depois começar o ritual de madrinha de um casamento ortodoxo grego.
Deu tudo certo, a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, para quem não sabe, separou-se da Igreja Católica Romana ainda no século XI, ou seja, quase mil anos. As doutrinas são semelhantes, a principal diferença está no fato de desconsiderar o papa como líder da igreja, e ainda preservam o uso de roupas litúrgicas em seus cultos.
Claro que a cerimônia começou atrasada, muito já se adaptou ao "jeitinho" brasileiro. Nós, padrinhos, jogamos amêndoas nos noivos enquanto circulavam em sentido anti-horário a mesa onde estava o livro do evangelho, ritual que representa a chamada dança de Isaías.
Outra curiosidade: para os ortodoxos, a aliança no dedo anular da mão direita representa o casamento e na mão esquerda o noivado. Mas, por convenção ao que é costume no Brasil, as alianças de casados podem ser usadas na mão esquerda.
O ritual do casamento ortodoxo grego realmente é muito bonito e, na festa, tivemos a surpresa da apresentação de um grupo de dança grega, uma homenagem dos noivos ao pai da noiva, que é grego, e está comemorando 50 anos no Brasil. Outro detalhe: o pai da noiva, grego, casou-se com uma pernambucana, e vivem felizes e muitos sorridentes até hoje. Olha a mistura...
Por fim, quebraram pratos, em sinal de comemoração, e dançamos todos a dança grega para celebrar junto com os noivos e suas famílias.
Uma experiência realmente única, e a felicidade dos noivos foi o que mais nos emocionou, pois ambos são exemplos de vida, transplantados, verdadeiros exemplos de amor.
Felicidade eterna aos noivos! E pra todos nós!
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